quarta-feira, 20 de abril de 2011

a dor e a delícia

Hoje vi balões. Balões, da volta ao mundo em 80 dias. Dava pra ver o foguinho pra levanta-lo e tudo mais. Tentei tirar fotos, todas ficaram parecendo balõezinhos de plástico. Descobri que quero um dia dar uma volta de balão. Lindos.



Enfim: coisas de Brasília. O que eu sinto morando aqui é muito desconexo. Sim, pessoas não se encontram por acaso na rua. Sim, em geral, todo mundo tá dentro de um grupo de amizade relativamente fechado, e pra você ter amigos, dá seu jeito de entrar em um. Não tem bairro, não tem centro. Tem quadra, comercial, quatrocentas & duzentas, trezentos & centos. Mas voltar pra casa a noite e passar pela Esplanada dos Ministérios iluminada é lindo. Dá até pra esquecer um pouquinho o que acontece por ali. Ver de longe, a noite, o Palácio do Planalto iluminado é maravilhoso. Passar pela catedral e outras Niemeryses (ou Luciocostices) emociona. Dentro de toda sua estranheza, Brasília é linda. Quase uma junkie gente boa: legal de conversar, encontrar e sair de vez em quando, por um tempo. O convívio pode acabar sendo maravilhoso, ou uma merda completa. Mas, impressionantemente, nunca deixa de ser linda, peculiar, única.

Dá até uma certa esperança. Em tudo.

Um comentário:

Quito Rossi disse...

Brasília muitas vezes é uma festa estranha com gente esquisita. É preciso se acostumar. Mas assim é o mundo: precisamos nos acostumar com ele, que parece não fazer muita questão da nossa presença. Vida inteligente há aqui e nas mais improváveis paragens, mas é preciso perseverança pra encontrá-la. Gente boa por vezes é raro, por vezes abundante, depende também de quão boa está a gente mesma, se nossa FIB segue uma tendência de alta ou de baixa. Mas don't worry too much, minha cara, pois você é privilegiadíssima: atrai gente boníssima, que preza demais a boníssima companhia que você oferece.