quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Amo estes remédios que me fazem amar

INSANO.

Não acho outra palavra pra descrever o que passei hoje.

Tenho grupos diferentes de amigos. É muito nítido que em alguns não posso falar algumas coisas, pois "impressionariam" algumas pessoas. Em outros, sei que pessoas medem palavras pra não me impressionar.
Pois bem. Hoje saí com amigas do grupo em que EU precisaria medir palavras. Qual não foi minha surpresa em ver que, dali, eu era quem mais tinha uma noção da realidade corrente.
Explico: uma delas, teve crise de ansiedade e síndrome do pânico. Muito moderna. Se encheu de remédio e não pode beber senão arranca a roupa em público. A outra toma alguns remédios para depressão. Elas inclusive trocam receitas.
Ok, já estive com o pé na beirinha da depressão. Sei bem que para cair em fugas (remédios, álcool - "o gelol da alma") é muito, mas MUITO fácil. Mas nunca perdi e nunca quis perder minha noção de realidade. Sempre que quis ou precisei sair da minha consciência, ironicamente, fiz isso conscientemente. Sabia que depois teria  que enfrentar o mundo inteiro pela frente... sendo ele lindo ou não. E haja fígado para aguenta-lo! Atualmente, quase sempre ou não.
Cadê a coragem de enfrentar as coisas? De admitir que precisamos de ajuda, mas que ela não precisa vir só de químicos?
Parece que andaram perdendo as FORÇAS, a vontade de lutar. Ninguém precisa (nem deve) lutar sozinho, achar que dá conta de tudo sozinho. Mas muletas servem pra dar o primero passo, e não pra sustentar pra sempre (devaneio mór: tem dia que penso que o que falta pra algumas pessoas é uma semana na roça. Acordando cedo, tirando leite, formando pasto, juntando gado, consertando curral... Coisas que dão uma certa noção do todo, de como as coisas começam, de como a vida não precisa ser tão difícil, só ser felizmente vivida).

"Admirar de longe é bom, mas viver de perto, mesmo com os problemas, é melhor."

Viva seus problemas, enfrente seus problemas. Não digo que depois fica mais fácil, mas ao menos você aprende a enfrentar. Aprende a "dar o salto em direção ao querer", a saber o que VOCÊ quer. Você em sua forma inalterada. 

terça-feira, 3 de novembro de 2009

qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência

O que eu mais gosto de ter um lugarzinho pra escrever é o descompromisso. Aqui, posso escrever quando quiser, o que quiser, do jeito que quiser, sem medo. Dizer que minhas idéias não surgem das coisas que eu vivo é bobeira. Agora, dizer que só escrevo sobre situações por que passei é exagero.
Portanto, nada aqui é inteiramente verdade. E nem inteiramente criado.
Como qualquer outra pessoa, o material que tenho pra me inspirar é a minha vida. A minha grande brincadeira atualmente tem sido pegar um fato, um sentimento, uma idéiazinha que surge e tentar extrapolar, ir além. Criar encima daquilo. Conseguir colocar no papel (ou na tela no computador, ou na do celular...) um devaneio meu tem sido uma experiência fantástica. E continuar divagando!  Pensar no "e se...". E inserir coisas do dia-dia, e incrementar com o que podia ter sido, ou o que sentir em determinada situação hipotética... é bem legal. E tem sido bem válido. Válido pra mim, não sei se pra quem lê (se é que alguém lê...). Descobri que se não começasse, nunca saberia se sei ou não organizar minhas idéias. Sei que ainda não está bom, mas o único jeito de melhorar é a prática. Ao menos, tenho praticado.

Tenho buscado a liberdade na minha vida, em vários aspectos. A liberdade de escrever inclusive. E como ela pode ser bela.