terça-feira, 29 de março de 2011

with a little help from my friends

Uma coisa que está me impressionado é como as pessoas a minha volta têm feito eu me sentir querida. Amigos, familiares... gente que passo um tempão sem encontrar que estão sempre de braço aberto. Gente que vejo e converso o tempo todo, tem uma sensibilidade tremenda pra cuidar e confortar. Entre flores & florais.

Lindo isso. Lindo saber isso, lindo sentir isso.


" A gente não faz amigos, reconhece-os" Vinícius de Moraes
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segunda-feira, 28 de março de 2011

Desencontro

Acho que desta vez a lição é voltada pra entrega. 

Pode ser o cara mais legal que você já conheceu, ainda assim é preciso cuidado. Cuidado com a expectativa, com o que se deposita naquilo ali. Pode ser o cara com a família mais querida que você já conheceu. Cuidado com o envolvimento, com as projeções que você faz a partir dali.

Cuidado com o tanto que se entrega, com a parcela da sua felicidade que você coloca na mão de outra pessoa, sem ter segurança pra isso. Alguém que não pode/quer receber esse amor. Em muito pouco tempo, entendi tudo do jeito errado, dei mais amor do que devia, mais do que eu dava conta. Confiei que era recíproco. Erro meu? Capaz de ser... mas olhando pra trás, não me imagino fazendo muita coisa diferente. 




domingo, 27 de março de 2011

smile

É, é verdade mesmo. Ficha caindo, abraço negado. EU precisava disso, precisava dar tchau. Muito a contragosto, mas precisava. Pode ter conversa, pode ter o que for, mas as coisas NUNCA vão ser como eram. Precisava dar tchau a isso, precisava despedir disso. Saí de casa achando que ele voltava comigo, voltei sem ele e sabendo que ele não volta mais. E tô indo embora sem poder dar tchau a isso. 

Quase certa de que a dúvida dele já é uma certeza: não me quer mesmo. Dúvida foi um jeito cuidadoso de me falar isso. 

E assim, sem aviso, de repente, desabou, tudo de novo. Assim perdi meu chão de novo, assim voltei a me questionar se existe algo que valha isso tudo que vem depois. Assim estou tendo que me conformar na minha inabilidade manter um relacionamento, impossibilidade de achar alguém que goste de mim, de verdade. Foda que eu não quero qualquer alguém, quero um alguém. 

Quero ir embora dessa casa, ir embora dessa cidade, quero deixar esse tanto de lembrança pra trás. Antes de tudo, quero querer desligar disso. Quero força, quero luz. Lembrar que já passei por isso:
Bom, no fim das contas a dor não passou. Mas ela me faz pensar nos rumos malucos que a vida toma de vez em quando... me fez reavaliar minhas decisões, minhas palavras, minhas atitudes, meus valores. Me fez sentir sem chão, sem rumo, sem horizonte, sozinha. Ela me fez chorar, travar os dentes, querer vomitar, querer sumir, querer ter aula. Ela me fez ler poesia, me fez escrever de novo. Depois me fez chorar de novo. E reler todos poemas que poetas tão poetas deixaram para mim. E depois ela (a dor), me fez entender que é assim que tem que ser. Igual àquele amor antigo lá de baixo: "tanto mais antigo quanto mais amor". Ela me falou também que não irá embora de repente: que vai me ajudar a encontrar meu chão, meu rumo. Que vai me obrigar a passar por um processo lento, difícil e talvez até solitário. Mas ela, a dor, me prometeu que, no fim disso tudo eu vou estar forte, consolidada e feliz. De novo. Até a próxima vez que eu conhecer alguém, me apaixonar perdidamente. E sofrer. De novo.

"I'm all right I've been lonely before"


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sábado, 26 de março de 2011

sem solução

Vontade louca de sumir, vontade louca de que tudo fosse diferente.

Mais uma vez: gostei mais dele do que ele de mim. Era bom demais pra ser verdade.

Encontrei alguém que valeu a pena tentar, e mais uma vez, não deu certo. Por quanto tempo ainda nada vai dar certo? Porque as coisas nunca acontecem na hora certa comigo? Bate uma certeza de que eu realmente não devo fazer por onde, que não sirvo pra isso. Achou que dessa vez ia dar certo? Com um cara legal? I-LU-DI-DA. Bobinha, tolinha, inocente e carente. E agora, sozinha. Cadê a Guida?

Vontade louca de desistir de tentar, vontade louca de me bastar e pronto.

"Logo passa", "a fila anda". Quero nada disso não: quero colo, quero cafuné, quero carinho. Quero ele, quero essa última noite, nem que seja pra manter um pouquinho mais a ilusão de que ele me quer, nem que seja  pra sentir qualquer outra coisa que não seja esse aperto.

Dessa vez vale a fisgada dessa dor, cabe como rima de poema. Mas de que adianta: não me quer. E pronto. 


"Eu quero paz e arroz
O amor é bom e vem depois"