domingo, 19 de fevereiro de 2012

Crazy train

Tem hora que mesmo exausta, deitada na cama, da vontade de ficar acordada. E tentar achar explicação de algumas coisas. Achar motivos de algumas coisas.

Me vence sono, por favor.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Suspiro



Devaneio, coisa que anda muito comum pra mim. A cabeça vai tão longe que não tem sido difícil focar no que é necessário. Cada dia é uma desculpa pra acordar tarde, pra correr atras de outras coisas. Talvez assim esteja sendo na minha vida a muito tempo... Ontem, pensando numa remota possibilidade de mais uma virada maluca na minha vida, me peguei pensando: 'ok ir embora daqui, fico mais tempo sozinha mesmo!'. Acho que enfim entendi o que um amigo me disse uns três anos atras, que onde quer que eu fosse, a solidão que eu sentia ali ia me seguir, que a solidão estava em mim, e não na cidade em que morava, no estranhamento que sentia ali. Não acho que o homem é a ilha. A cabeça é a ilha (da-lhe Dahmer). Ou os dois são a mesma coisa.

Uma paixonite platônica, já que de perto me sinto uma ilha. Uma necessidade de expressar sentimentos por diversas formas. Uma dificuldade de escrever, dificuldade de expressar, dificuldade de colocar em pratica as coisas da vida que têm que andar. Difícil (de uma forma, até bom de saber) quando todos te acham uma pessoa alegre, e existe uma cobrança em estar bem, feliz, rindo, fazendo piada. Ou pior: quando consigo desabafar e a pessoa que escuta, por nunca ter te ouvido desabafar, nunca mais te liga, some. Todo mundo quer amigos felizes, né? Mas isso é amizade mesmo? Sem motivo, sem porque.

Por que sim, por que é.

Pode ser a proximidade dos 30 anos, a saudade do cachorrinho sumido, o medo (forte) de não dar conta do que foi proposto pra esse ano, o medo de ficar sozinha. Usando demais o termo 'medo', vai ver é isso. Ou, como disse uma amiga: o bom dos 30 é que, por mais que você não saiba o que quer, você sabe bem o que não quer. Assusta saber bem o que eu não quero em alguns aspectos da minha vida, e ver que isso é exatamente o que aparece em volta. É fácil fazer as malas e mudar, sempre tenho mil motivos pra cada mudança. Hoje, me pergunto se estou indo atras de alguma coisa ou do que estou fugindo. Talvez esteja só fugindo de mim. E essas ultimas semanas, passadas muito sozinha, esteja começando a encarar que algo perturba. Ainda não sei o que é, mas tem algo ali.

Ali não, aqui: aqui dentro.