quarta-feira, 28 de outubro de 2009

laziness

Tem dia que a vontade
é fazer igual minha cachorrinha:
virar de barriga pra cima e pedir
- Coça?

terça-feira, 27 de outubro de 2009

aconteceu numa tarde de domingo

"se não encontrar um amor, podia ao menos encontrar um marido" dizia ela enquanto pintava as paredes do quarto


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Detalhes

Já era tarde. Bem tarde. A quantidade de álcool colocada pra dentro também já era grande. Bem grande. Já dava até pra esquecer o sufoco dos últimos meses, os dias e mais dias passados sozinha. Não tão sozinha, afinal, a cachorrinha sempre estava ali. Sozinha de gente. Longe de casa a mais de 29 semanas, um almoço acabou virando uma cerveja num bar, que puxou um convite para ir a um casamento. Putz, adoro casamentos! Mas será que não é meio estranho ir sem conhecer os noivos? Nada, cê tá com a gente!
Ok, com cabelo curto toda festa fica mais fácil. E lá se foi. Até bem bonita.
A cerimônia foi linda, o lugar era muito bacana. Ela até chorou, como sempre. Mas, enfim, chegou a festa. Oba! Cai na mão dela um copinho de whisky (com energético, pra descer facinho). Depois mais um, e mais um, e outro... Foi assim que chegou no tarde ébrio lá do começo. Quando notou, estava descalça (ela detesta salto) dançando músicas dos anos 60 (que ela adora dançar essas músicas).
Passou um rapaz, que mais cedo, ainda no bar, tinha sido apresentada e simultaneamente informada ao pé do ouvido que ele estava disponibilissímo. Quer saber, por que não? Chama ele ali pra mim por favor? Oi. Oi. Preciso te falar uma coisa. Fala. É que os homens... os homens, não valem as pilhas do meu vibrador. (Risinho sem graça).
Corta pro beijo, pro amasso, pro vômito no banheiro, pras camareiras expulsando ela da festa. Ele foi um gentleman, acompanhou-a no taxi, desceu na casa dela. Ela que pagou.  Esperou ela tomar um banho (tava incomodadíssima com um suposto cheiro de vômito).
E ele acabou ficando por lá, conversando até de manhã na cama. Quando ela melhorou, eles acabaram terminando o que tinham começado. Sim, o sexo. Ela tinha recentemente terminado um namoro estranho, e desde então, só o vibrador fazia companhia naquelas noites quentes. Sim, o vibrador existia mesmo, e movido à pilhas recarregaveis, pra ser ecologicamente correto.
Tava lá a chance! Ia tudo muito bem, até ela descobrir o tamanho da encrenca em que estava. Era mínimo, minúsculo, quase imperceptível. Bem pequeno. Não fazia nem cosquinha. Ela já tinha conhecido um cara assim, mas ele tinha outras qualidades que nem deixaram ela perceber esse detalhe. 
Não dessa vez. Além de pequenino, ele não se preocupou em fazer nada de mais. Na verdade, não se preocupou nem com o básico.
Ui, gozei. Como assim??!!??! Ela nem tinha certeza se tinha começado! Ela virou e tentou dormir. Não conseguiu, ele roncou. Muito. E pediu carona pra casa quando acordou. Voltando pra casa ela pensou muito. Em como pequenos detalhes fazem uma grande diferença sim. E em como ele, realmente, não valia as pilhas. Ainda bem que ela se avisou antes.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

accidentally in love

1. o link do título é o maior clichê do mundo
2. minhas 3 palavras preferidas: clichê, peculiar e ... sempre esqueço uma delas....

Ok, é dificil, mas um dia eu tenho que admitir: CHEGA!!!!
Aos 19 anos eu tive que escolher o que ia fazer pro resto da minha vida. No final dos 26, descobri que quero outra coisa.
Diga-me: como começo uma mega-loja-completa de quadrinhos? Como desisto da faculdade que eu fiz e gosto muito, pra trabalhar com algo que me faz mais feliz?

:: COMO CHUTAR O BALDE E COMEÇAR DO ZERO? ::

Nos últimos dias pude ver que não sou um ET, e que eu realmente AMO esse mundo... me sinto mais a vontade, mais no meu lugar...

...e outra vez, dói pra tomar coragem. Dói pra dar um passinho. Dói pra descobrir se uma coisa é diversão ou se é possível ganhar a vida com algo que me diverte.

"Love is suicide"

ou não?