sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

When I get scared

Veio tudo seguindo a insegurança. Falar pouco é cômodo, é fácil. Mas fica muita coisa no ar. O friozinho constante gostoso na barriga virou uma geleira pesada e incomoda na barriga...


Da insegurança, veio o medo: medo de você me esquecer, medo de que tenha sido passageiro.  Medo de acabar pegajosa demais, de virar uma chata egoísta inconveniente. Medo disso tudo ser mania de perseguição: medo de estar no processo de ficar meio maluca. Medo de falar o que eu to sentindo, medo de ser amor. Amor deixa as pessoas malucas? Vai ver é isso, não sei… Já diria a Madeleine:
 “I don't know what love is/I'm selfish and lazy/And when I get scared I can act like I'm crazy
Sei que tem muita coisa a ser organizada, muita coisa a ser feita, muita gente pra ver. Deu medo também de, no meio disso tudo, ficar de lado: tanto agora quanto depois. Medo de você não querer a barra que vem, a barra que vai piorar daqui a pouco: 821 quilômetros, 9 horas e 38 minutos. E sério: se não cuidar, se não cultivar, nada aguenta. Ninguém aguenta. Sem perseguir, sem neura, mas com carinho e com atenção. E tem que ser junto...


 Sempre fui eu a pessoa do casal a se mudar. Sempre achei que ir embora era muito difícil: você fica sozinho, num lugar diferente, tendo uma rotina nova, adaptando a cidade, as pessoas. Descobri que ficar é muito mais difícil. O vazio fica na vida de quem fica. O lugar é o mesmo, as pessoas são as mesmas, a rotina é a mesma. Fica um buraco doído. Noites sem filminho, sem cafuné, sem colo, sem risada. Sem graça. Sem você.

Com esse medo todo, tá difícil não ficar com os olhos mareados, tá difícil ficar parada sem chorar. De respirar dói. Acredite: estou muito feliz por tudo que você conquistou. Um pouco em dúvida se tenho direito de sentir orgulho, é tudo tão novo. Se você ler esse texto (se eu tomar coragem e te mostrar): sei que falar isso tudo agora faz de mim sim uma chata egoísta inconveniente. Das piores. Desculpa, tá muito difícil pensar com calma depois que você entrou na minha vida e levou meu coraçãozinho embora. É muito difícil ser racional.

Desculpa, chuchu.





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